quinta-feira, novembro 30

Beijos & Braços

No passado domingo fui ver a peça "Beijos & Abraços". Gostos são gostos, e o meu não se deu bem com a peça... Gostei do diálogo inicial entre as personagens centrais (muito bem representado) e das mudanças de cenário (original); os actores representavam bem, nada parecia "forçado"; a nudez (os quatros actores aparecem nus)... acho que passados dez minutos nem se dá por isso...! Por fim, não consegui deixar de esboçar um sorriso às criticas lançadas às associações LGBT...


Porque digo então que não gostei? Porque a peça me entediou... gira demasiado a volta de questões "genitalenciais", asneiras, jogos de submissão/dominação psicológica. Em suma, achei o enredo pobre.
E agora vamos falar um pouco do que menos gostei nesta minha ida ao Teatro... Começou por ser o texto do encenador e também actor na peça, Luis Assis, que catalogou o país de mediocre e disse estar-se completamente nas tintas para o que os outros possam pensar ou dizer da peça. Não percebo porque se dá então ao trabalho de pesquisar no google referências à peça, e publicá-los na sua página contra a vontade do autor, afirmando: "O autor deste blog pediu-me que retirasse a transcrição aqui reproduzida do seu post e respectivos comentários. No entanto, tratando-se de uma publicação online disponível a qualquer usuário da Internet e que, inclusive, surge nas buscas do Google, quando se procura referências ao Beijos & Abraços (foi assim que o descobri), mantenho aqui obviamente o link, para quem esteja interessado em ler, quer o post, quer os comentários. "


Parece-me que a pessoa mais interessada em ler posts, artigos e outros que tais referentes à peça é a mesma que se está nas tintas para as opiniões de terceiros, mas enfim... Nem sempre o mais óbvio é o mais civilizado; por vezes, limita-se a ser um capricho medíocre.


Alexandra Almeida

10 comentários:

JFFR disse...

Há gente que uma coisa com qualidade tem que incluir três tipos de elementos:

- gente nua
- relações que falham, claro, e são sempre muito complicadas e "complexas" (é a realidade crua a bater-nos na cara...)
- muitos palavrões à mistura

Eu tenho ainda mais uma reclamação a fazer. Os tempos de choro. Nomeadamente a primeira cena de choro, a do strip-tease forçado, que demorou horas. Eu ia adormecendo, achei desnecessário. E depois a cena em que a rapariga, depois do coito forçado (mais um), demora eternidades a arrastar-se do sofá até à parede, culminando na frase idiota que aparece em todos os filmes, que é "estás bem?" .

Wellvis disse...

Alguém disse GENTE NUA?! ah, sempre há motivos para ver a peça entao...;)

Anónimo disse...

Todas as reacções são importantes enquanto "documento"... independentemente da minha posição, opinião pessoal ou da importância que eu possa atribuir-lhes. E, tendo em conta que o meu site é sede oficial de todo o projecto da "Sex Shop Trilogy", creio ser justo poder ter online o feedback que vai surgindo a propósito do trabalho que estou a desenvolver (mesmo quando não é positivo ou elogioso)... até para que os visitantes do site possam ter uma visão abrangente sobre o que as pessoas pensam sobre o espectáculo e que não se reduza à minha visão pessoal. Essa está obviamente construída através dos diários que mantenho online, mas julgo importante que haja acesso, para quem esteja interessado, a outras visões e outras opiniões. O facto de eu me estar nas tintas, não quer dizer que não defenda o direito dos outros a quererem saber e manterem-se informados, de uma forma que não seja parcial ou manipulada. Acima de tudo, a liberdade de expressão e o direito à diversidade.
Luís Assis (actor, dramaturgo e encenador gay)

Mistinguette disse...

Não ponho em questão a importância do acesso à informação, mas sim o facto de esta ser publicada depois de o autor ter dito para não o fazer; pesemos duas coisas numa balança, sendo que num prato está a documentação de um evento e o acesso à informação (neste caso em especifico não enriquece em nada a sua página, uma vez que o post apenas anunciava uma ida ao teatro para ver a peça) e no outro, a liberdade individual, democraticamente estabelecida. Podemos copiar, citar, linkar, etc. inúmeras coisas na internet, mas mantenhamos a cortesia e bom senso de respeitar a vontade do autor...

Anónimo disse...

PONTO 1 - A informação NÃO continua publicada. A transcrição foi retirada, depois de o autor do blog ter expressado esse seu desejo. A manutenção do link é um direito que me assite enquanto exista referência nele ao espectáculo.
PONTO 2 - Sou defensor da "liberdade individual, democraticamente estabelecida"... mas, a partir do momento em que está publicado online, deixa de ser algo privado. Não se trata de um site que obrigue a registo... pelo contrário, está publicado de forma a que qualquer pessoa tem acesso ao seu conteúdo e, portanto, de um ponto de vista meramente jurídico, tem o mesmo valor de algo que esteja publicado num livro ou em qualquer órgão de comunicação social.
PONTO 3 - Considerar desrespeito pela privacidade dos outros a citação ou encaminhamento através de link para algo que é público e acessível a qualquer usuário da internet é algo que me ultrapassa. Se querem que as vossas conversas online sejam privadas... talvez a atitude mais certa seja não as tornar públicas.
Luís Assis (actor, dramaturgo e encenador gay)

Eu sou assim! disse...

Caríssimo Luis Assis, retirei por completo o post alusivo ao seu espéctaculo, desta forma, agradeço que retire toda e qualquer referência ao meu blog que esteja implicita no seu. E isto para não nos alongarmos muito mais.

(Servirá este post para oficializar o pedido ou será necessário envia-lhe um e-mail?)

Cumprimentos,
Tiago Silva

Anónimo disse...

Uma vez que o autor do blog em causa, que se tornou o tema destes últimos comentários, apagou o post relativo ao espectáculo "Beijos & Abraços", retirei obviamente o link. Embora continue a causar-me alguma perplexidade as razões que me foram apresentadas para tal. Mas como essas razões me foram transmitidas por mail, e não são de domínio público, não as exporei aqui.
Luís Assis (actor, dramaturgo e encenador gay)

Eu sou assim! disse...

Obrigado.

Anónimo disse...

Ora cá vai a minha sincera opinião sobre a peça do (actor, dramaturgo e encenador gay)...
Começo pelo espaço, não era o mais agradável já que as cadeiras eram muito desconfortáveis e faziam brulho quando mexia até o braço! Mas também pelo preço do bilhete não podia exigir uma poltrona com o Ambrósio ao lado a servir-me Ferreros. Tinha um senhor de idade (do género tipo fatela) que ralhou comigo porque estalei um dedo que me doía, e também uma senhora que parecia aqueles cãezinhos pequenos que o pessoal da bela vista compra para pôr no vidro de trás dos carros, e que estão sempre a mexer a cabeça (sabem quais são?).
Relativamente à própria peça, tem ponto altos e baixos, o melhor sem dúvida é o início, uma excelente representação dos actores, todo o jogo de submissão está interessante, pecou pelo facto do choro se ter prolongado.
Se o objectivo era chocar, foi conseguido, porque as cenas de simulação de acto sexual fez-me transportar para a ideia de ter 70 anos e estar a frequentar as salas de cinema porno ali para os lados do Politiama...
Tirando isso, ao longo fui perdendo o interesse, e se é verdade que a peça pode representar alguma da realidade, não me parece que seja o mais banal. Não eram necessários tantos palavrões.
Lembro-me que quando saí da sala, as palavras que me ocorreram foram: "peça ordinarona".
Não retiro o mérito aos actores, não só pelo tema que abordam, mas de facto encarar uma plateia naqueles preparos...

Para terminar, parece-me que há aqui alguma infantilidade quando alguém pede que seja retirado um post e se tem uma resposta como esta. Não é argumento. Um pouco de humildade caro senhor, tenho a certeza que a pessoa em questão colocou no blog a publicidade ao espectáculo com um bom propósito.

Zé do Prego (carpinteiro, marceneiro e pessoa estimada)

inês, a anónima disse...

HAHAHA! Adorei, Sr ZE DO PREGO.

Ines (professora, pugilista e altamente fantastica no q diz respeito a musica e afins)