Se uma gaivota viesse 
trazer-me o céu de Lisboa 
no desenho que fizesse, 
nesse céu onde o olhar 
é uma asa que não voa, 
esmorece e cai no mar. 
Que perfeito coração 
no meu peito bateria, 
meu amor na tua mão, 
nessa mão onde cabia 
perfeito o meu coração. 
Se um português marinheiro, 
dos sete mares andarilho, 
fosse quem sabe o primeiro 
a contar-me o que inventasse, 
se um olhar de novo brilho 
no meu olhar se enlaçasse. 
Que perfeito coração 
no meu peito bateria, 
meu amor na tua mão, 
nessa mão onde cabia 
perfeito o meu coração. 
  
Se ao dizer adeus à vida 
as aves todas do céu, 
me dessem na despedida 
o teu olhar derradeiro, 
esse olhar que era só teu, 
amor que foste o primeiro.   
Que perfeito coração 
no meu peito morreria, 
meu amor na tua mão, 
nessa mão onde perfeito 
bateu o meu coração. 
Alexandre O'Neil - Gaivota
segunda-feira, abril 3
Gaivota
publicado por
Mistinguette
à
2:24 da tarde
 
 
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