Não tenho escrito, apesar de pensar pensar nisso com frequência. Desde a gata que se lembrou de se atirar do meu andar alto quanto baste, até uma saga com as finanças que me rapinou a carteira e valeu por mil lições, não me têm faltado assuntos para escrever.
A Yuna - essa bela criatura que me chegou às mãos quando caiu para o pátio do meu trabalho, resolveu fazer das quedas carreira e atirou-se do meu 2º andar que nunca me pareceu tão alto como agora. Neste momento tem a pata partida e mais uma quantas maleitas resultantes do tratamento que tem de seguir. Se mandasse nestas coisas de comunicação entre espécies, tornava possível explicar à minha gata que ela não tem de passar o dia a desfazer a tala como se fosse o seu inimigo nº1; que o funil que a torna tão triste só está lá porque ela lambe o medicamento que lhe cicatriza as feridas; que eu não lhe ponho gotas nos olhos só porque me apetece; que ela tem tem de parar quieta quando lhe ponho gotas porque eu não tenho jeito para essas coisas e em vez de demorar 5 segundos massacro-a durante 5 minutos, 3 vezes por dia; que não sofro de tara alguma quando lhe meto o termómetro no rabinho, são ordens do médico; e já agora, que escusa de olhar daquela maneira para mim quando está com cio, que as minhas obrigações para com ela não incluem nada de libidinoso!
As finanças - acho que não preciso de dizer muito, só queria referir que pagar impostos dói. Muito.
Os mais recentes acontecimentos obrigaram-me a despertar aquela veia mais responsável que só tem sido usada no trabalho. Pois bem, não me adianta de muito ser óptima no trabalho e medíocre nas minhas responsabilidades extra laborais, porque não compenso uma coisa com outra...
3 comentários:
Não pude deixar de rir ao ler este post. Tenho três gatos e já vi esses filmes tantas vezes... Quantas e quantas vezes não me apeteceu sentá-los no sofá e calmamente explicar essas coisas todas. O Gaspar, com o funil, era o bicho mais coitadinho da história dos bichos coitadinhos; a Carlota, quando foi esterelizada, teve de usar um "vestido" que roia diariamente, fazia ferida, e lá voltava para o veterinário (andei nisto mais de uma semana...); a Maria Rita é o demo em forma em gato e faz orelhas moucas sempre que lhe explico que não pode saltar para dentro do caixote do lixo e atirar tudo cá para fora (à procura de um petisco).
Mas são tão lindos!!! :)
Há muito que não passava por aqui...resolvi vir dar-te um olá de terras barceloninas e convidar-te a ler a "História de Matilde e Gonçalo" e a "História de A." que acaba de começar.
um beijo com saudades e esperança de receber uma visita em breve, afinal faz quase um ano que saí de nmalas e bagagens desse Portugal dos pequeninos...
Finanças... Não vou comentar mais... :x
A Yuna acho que até percebe algumas dessas coisas, mas é como uma criança a quem se tenta obrigar a comer a sopa até ao fim :p
O cio... coisa mais estranha, o cio de uma gata!
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