Recebi um mail que dificilmente poderia cair na indiferença... Deixo aqui a transcrição.
Sabes que direitos tenho em Portugal?
"(..)Beatrice Hall disse referindo-se a uma atitude de Voltaire - no livro "The Friends of Voltaire" (1906) -, não concordo com o que dizes, mas defenderei até à morte o direito de o dizeres. Ao recorrer às pessoas que gosto reconheço que o faço por vários motivos e quiçá os mais importantes sejam a sensibilização e visibiliade [porque vou dou a cara e não finjo aquilo que não sou!].
Quero escrever, ou melhor, gostaria de escrever algo com pés e cabeça, mas temo perder-me com circusntâncias sem importância por isso o melhor é mesmo começar pelo princípio...
Durante muitos, muitos anos escondi de todos quem sou - não sei se poderão compreender o que é esconder o que somos, sentimos e vivemos. Escondi que gostei de uma das minhas melhores amigas quase toda a adolescência e que havia jurado a mim mesma nunca confessá-lo por medo/ vergonha sobretudo. Só no ano passado consegui enfrentá-la e dizer o que tinha sentido. Não sei se era ou não importante para ela, mas posteriormente vim a confirmar que sempre fora óbvio mesmo quando eu não era capaz de admitir que sentia borboletas na barriga e que o seu olhar me fazia ganhar o dia!
Não sei se conseguem imaginar o que é pensar que todos irão deixar de gostar de nós apenas porque somos nós próprios, sem medos, sem represálias.
Hoje em dia vivo com a Rita às claras, sem mentiras ou máscaras. Gostamos uma da outra o suficiente para desejarmos um caminho comum. Contudo, vivemos comos duas fora-da-lei em muitas situações do nosso dia-a-dia.
No nosso país, as relações entre pessoas do mesmo sexo são relegadas para segundo plano. Somos vistas/os como relações menores porque duas pessoas do meso sexo não podem/devem querer o mesmo que duas pessoas de sex diferente, mas não me perguntem porquê. Até agora não encontrei qualquer resposta verdadeiramente válida quando falamos de democracia ou valores democráticos.
Zapatero, disse no seu discurso há dois anos atrás - no discurso sobre a aprovação de casamento entre pessoas do mesmo sexo -, que una sociedad decente es aquella que no humilla a sus miembros (...) Es verdad que son tan sólo una minoría, pero su trinfo es el triunfo de todos.
E tu sabes que direitos tenho no nosso país?
Sabes concretamente que direitos tenho juntamente com a Rita enquanto casal?
Para mim é importante saber o que pensas e o que queres para o nosso país.
Espero que este email não caia em saco roto porque para que algo mude necessito da tua ajuda. Estás disposto a sê-la?(...)"
Quero escrever, ou melhor, gostaria de escrever algo com pés e cabeça, mas temo perder-me com circusntâncias sem importância por isso o melhor é mesmo começar pelo princípio...
Durante muitos, muitos anos escondi de todos quem sou - não sei se poderão compreender o que é esconder o que somos, sentimos e vivemos. Escondi que gostei de uma das minhas melhores amigas quase toda a adolescência e que havia jurado a mim mesma nunca confessá-lo por medo/ vergonha sobretudo. Só no ano passado consegui enfrentá-la e dizer o que tinha sentido. Não sei se era ou não importante para ela, mas posteriormente vim a confirmar que sempre fora óbvio mesmo quando eu não era capaz de admitir que sentia borboletas na barriga e que o seu olhar me fazia ganhar o dia!
Não sei se conseguem imaginar o que é pensar que todos irão deixar de gostar de nós apenas porque somos nós próprios, sem medos, sem represálias.
Hoje em dia vivo com a Rita às claras, sem mentiras ou máscaras. Gostamos uma da outra o suficiente para desejarmos um caminho comum. Contudo, vivemos comos duas fora-da-lei em muitas situações do nosso dia-a-dia.
No nosso país, as relações entre pessoas do mesmo sexo são relegadas para segundo plano. Somos vistas/os como relações menores porque duas pessoas do meso sexo não podem/devem querer o mesmo que duas pessoas de sex diferente, mas não me perguntem porquê. Até agora não encontrei qualquer resposta verdadeiramente válida quando falamos de democracia ou valores democráticos.
Zapatero, disse no seu discurso há dois anos atrás - no discurso sobre a aprovação de casamento entre pessoas do mesmo sexo -, que una sociedad decente es aquella que no humilla a sus miembros (...) Es verdad que son tan sólo una minoría, pero su trinfo es el triunfo de todos.
E tu sabes que direitos tenho no nosso país?
Sabes concretamente que direitos tenho juntamente com a Rita enquanto casal?
Para mim é importante saber o que pensas e o que queres para o nosso país.
Espero que este email não caia em saco roto porque para que algo mude necessito da tua ajuda. Estás disposto a sê-la?(...)"
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