Há dias que valem a pena ser vividos para ver o teu sorriso.
sexta-feira, maio 12
O teu sorriso
Há dias que valem a pena ser vividos para ver o teu sorriso.
publicado por Mistinguette à 2:06 da tarde
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publicado por Mistinguette à 2:06 da tarde
6 comentários:
que bonito :-)
e de imediato lembrei-me deste poema do Pablo Neruda:
"O teu sorriso (Pablo Neruda)
Tira-me o pão, se quiseres, tira-me o ar, mas não me tires o teu sorriso.
Não me tires a rosa, a lança que desfolhas, a água que de súbito brota da tua alegria, a repentina onda de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso com os olhos cansados, às vezes por ver que a terra não muda, mas ao entrar, o teu sorriso sobe ao céu a procurar-me e abre-me todas as portas da vida.
Meu amor, nos momentos mais escuros solta o teu sorriso e se de súbito vires que o meu sangue mancha as pedras da rua, ri, porque o teu riso será para as minhas mãos como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono, o teu sorriso deve erguer a sua cascata de espuma, e na primavera, amor, quero o teu sorriso como a flor que esperava, a flor azul, a rosa da minha pátria sonora.
Ri-te da noite, do dia, da lua, ri-te das ruas tortas da ilha, ri-te deste grosseiro rapaz que te ama, mas quando abro os olhos e os fecho, quando meus passos vão, quando voltam meus passos, nega-me o pão, o ar, a luz, a primavera, mas nunca o teu sorriso, porque então morreria."
Cumprimentos
Júlio Santos (santos.julio@netc.pt)
Oh, obrigada minha querida!!:D Eheheh
Bjinhos :)
:)
lendo lembro do sorriso mais brilhante q conheço ...
o SOL, q ilumina os meus dias..
meu amor...
aluska
Dorme, a rosa, na lembrança
Dorme, a rosa, na lembrança.
Mas os oceanos
ocultam, às vezes, o teu sorriso.
E,
por isso,
às vezes,
não ouço o teu olhar,
o timbre da tua voz,
o desenhar dos teus passos...
(Mas, estão cá, dentro do meu olhar,
dos meus infantis atos...)
Às vezes,
o ranger da noite me tortura
e o bramir do dia
afaga-me, em desatino
na esperança
que surja a alvorada resplandescente
como o aparecer, nos desesperados, a fé.
As montanhas,
As montanhas,
diante dos olhos,
são pérfidas.
(Não sei se é apenas para o meu olhar,
ou para o olhar aos pares.)
Sei, porém,
que transpô-las
é uma lida árdua,
mesmo na memória.
Todavia,
recordo-me, ainda,
de lembranças não vividas:
- São como o despencar da lua
com seu pára-quedas bordado.
Recordo-me, ainda,
o brotar da flor,
no riso da aurora,
que tua voz sempre recria.
(Sempre aos meus olhos).
Recordo-me, ainda,
e nada mais me importa.
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