quinta-feira, julho 2

À porta de casa

Hoje saí de casa para fazer a cópia de uma chave (já conto essa história) e dei de caras com o meu vizinho. Ficámos na conversa quase durante uma hora. Tem graça, desde miúda que o vejo e troquei mais palavras com ele hoje do que em toda a minha vida! Nunca imaginei que pudessemos ter certas coisas em comum, até porque sempre pensei que este prédio estava cheio de pessoas feias, porcas e más. E velhas. Afinal até tem gente porreira e vou sentir falta de algumas um dia que saia de cá...

História da chave:
O amor da minha vida (AMDV) está na rua, sem chaves, e pede-me para as atirar da janela. Tenta posicionar-se mesmo por baixo da janelas para as conseguir apanhar sem que caiam no chão.

Eu: Chega-te para trás senão vais aleijar-te! Deixa-as cair no chão!
AMDV: Não, que elas partem-se!
Eu: Partem-se lá agora, isto é metal. Aguenta bem uma queda.
AMDV: Vão partir-se...
Eu: Não vão nada, afasta-te.
(estamos um bocadinho nisto do parte/não parte. atiro as chaves)
ADMV: olha, tinhas razão. Afinal não não se partiram.

ADMV sobe e mete a chave à porta. Não consegue abrir a porta. No dia seguinte, eu também não consigo abrir a porta e começo a olhar para a chave com mais atenção. Está partida, e mais uma vez, eu não tinha razão...!